Em nome dos Arcanos Maiores e dos Mistérios Inefáveis que regem a dança caleidoscópica dos destinos humanos, invoco o testemunho das Esferas Celestes para atestar o seguinte prodígio ontológico: no útero sagrado de parideiras de linfa hiperbórea, cuja linhagem se perde nas brumas ancestrais das florestas teutônicas, consagradas ao culto do Deus Uno e Trino segundo os ritos da Santa Sé Romana, e radicadas nestas plagas austrais onde o vento minuano sopra lembranças de Wotan, eis que se gestam, em alquimia carnal suprema, párvulos de ébano luminoso, já iniciados nos segredos do Alcorão e nos arcanos das Macumbas, portando em seus corpos em formação o estigma sagrado de Exu e a marca do Crescente Lunar, numa simbiose que desafia os próprios fundamentos da Lógica dos Homens e dos Anjos!