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A afirmação de que a Operação Contenção, no Rio de Janeiro, serviu de cortina de fumaça para esconder a Operação Carbono Oculto, em São Paulo, é umargumento levantado por especialistas em segurança pública e comentado em análises jornalísticas.

Especialistas e analistas de segurança pública compararam as duas operações para contrastar métodos e resultados:
Operação Contenção (RJ):Ocorreu em 28 de outubro de 2025, nos Complexos da Penha e do Alemão. Teve como objetivo declarado conter o avanço territorial do Comando Vermelho e resultou em um alto número de mortes (mais de 100) e confrontos intensos. Foi criticada por especialistas como uma "lambança político-operacional" e uma ação de "cortina de fumaça", que expôs a população a riscos e não combateu o crime organizado de forma eficaz, focando mais na repressão ostensiva do que na inteligência financeira.
Operação Carbono Oculto (SP):Deflagrada em 28 de agosto de 2025 (com desdobramentos em setembro, outubro e novembro), teve uma abordagem diferente, focada em inteligência e investigação financeira para desarticular o núcleo econômico do PCC. A operação mirou o esquema de lavagem de R$ 5 bilhões do tráfico de drogas por meio de postos de gasolina e empresas de fachada, resultando em prisões, bloqueio de bens e sem registro de confrontos armados ou mortes.
A tese da "cortina de fumaça" sugere que a operação do Rio, com sua grande visibilidade midiática e alto índice de letalidade, teria desviado a atenção pública da operação de São Paulo, que atingiu o crime organizado em seu ponto nevrálgico, o financeiro, e expôs possíveis conexões com empresários e setores da sociedade de elite (a "Faria Lima", centro financeiro de SP).