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É isso, ninguém é igual, inclusive quando comparado a si mesmo.
A ideia é mostrar como estamos constamente marcados pelo que pensamos que somos e a partir disso criamos a nossa identidade, ao ponto de que essa soma de marca se torna o que pensamos que é a nossa essência, então vem a preocupação em manter essa identidade e o medo de perdê-la, então o objetivo da vida se torna a necessidade de estar bem apresentável porque as marcas se tornaram o meu eu.
Então por isso o "acabei me tornando a marca", porque eu quis, quero e irei querer ser o que as marcas me fazem identificar o que eu penso que sou. Quando eu indago "se realmente teve alguma identidade em algum momento ", estou trazendo o despertar para o agora, onde não há marcas, onde não há distinções entre identidades. Onde o ser agora é a integração com a presença.
E aí, claro, como bons seres humanos com um sistema nervoso viciado em narrativa...
a gente corre de volta pras marcas.
Pra se sentir alguém.
Pra sofrer com alguma coisa que tem nome, ou pra se alegrar.
Mas o agora não liga. Ele continua aqui.
Incondicional. Indiferente. E completamente cheio de tudo que existe.
O truque do teatro.
Esse teatro é apresentado em frente a um espelho onde o mesmo ator se vê em duas histórias diferentes.
Se possível, releia considerando esse contexto, onde estamos falando com nosso próprio ego em frente a um espelho.