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7/6/2025, 3:51:30 PM
A Cebola como Arquétipo Simbólico: Estrutura Concêntrica e Envolturas do Ser
A forma da cebola, com suas diversas camadas sobrepostas em torno de um centro vazio, pode ser vista como uma
imagem natural dos níveis sucessivos de manifestação do ser, partindo do exterior (o mundo sensível e corporal) até o interior (o centro espiritual). Essa estrutura remete diretamente à descrição guénoniana das "enveloppes" ou koshas da tradição védica, abordadas em "O Homem e seu Devir segundo o Vedānta". Lá, Guénon descreve:
“As diferentes ‘envolturas’ ou ‘camadas’ que recobrem o ‘Soi’ essencial são cinco: a corporal (annamaya-kosha), a vital (pranamaya-kosha), a mental (manomaya-kosha), a intelectual (vijnanamaya-kosha) e a de beatitude (anandamaya-kosha)”.
Essas cinco envolturas correspondem, metafisicamente, a níveis de densidade e sutilidade, e podem ser vistas como camadas simbólicas da cebola — onde o centro, vazio de forma, mas pleno de essência, representa o Atmā, o princípio divino não-manifestado.
A forma concêntrica da cebola alinha-se ainda com o simbolismo do Centro descrito por Guénon em que a realização espiritual implica uma penetração progressiva para o Centro do Ser. A metáfora da cebola como camadas de ilusão a serem transpostas até atingir o real, não está presente literalmente nos textos, mas é coerente com a concepção que Guénon analisa:
“As camadas exteriores representam o domínio da multiplicidade e da mudança, ao passo que o centro é imóvel, eterno, imutável — imagem do Princípio divino”.
No sufismo, por exemplo, há a ideia dos "setenta véus" que ocultam o Divino — conceito estruturalmente análogo às camadas da cebola. No cristianismo esotérico, sobretudo nas correntes medievais, há menções implícitas à “penetração do coração” como caminho de retorno ao Uno, igualmente congruente com a simbologia.
A forma da cebola, com suas diversas camadas sobrepostas em torno de um centro vazio, pode ser vista como uma
imagem natural dos níveis sucessivos de manifestação do ser, partindo do exterior (o mundo sensível e corporal) até o interior (o centro espiritual). Essa estrutura remete diretamente à descrição guénoniana das "enveloppes" ou koshas da tradição védica, abordadas em "O Homem e seu Devir segundo o Vedānta". Lá, Guénon descreve:
“As diferentes ‘envolturas’ ou ‘camadas’ que recobrem o ‘Soi’ essencial são cinco: a corporal (annamaya-kosha), a vital (pranamaya-kosha), a mental (manomaya-kosha), a intelectual (vijnanamaya-kosha) e a de beatitude (anandamaya-kosha)”.
Essas cinco envolturas correspondem, metafisicamente, a níveis de densidade e sutilidade, e podem ser vistas como camadas simbólicas da cebola — onde o centro, vazio de forma, mas pleno de essência, representa o Atmā, o princípio divino não-manifestado.
A forma concêntrica da cebola alinha-se ainda com o simbolismo do Centro descrito por Guénon em que a realização espiritual implica uma penetração progressiva para o Centro do Ser. A metáfora da cebola como camadas de ilusão a serem transpostas até atingir o real, não está presente literalmente nos textos, mas é coerente com a concepção que Guénon analisa:
“As camadas exteriores representam o domínio da multiplicidade e da mudança, ao passo que o centro é imóvel, eterno, imutável — imagem do Princípio divino”.
No sufismo, por exemplo, há a ideia dos "setenta véus" que ocultam o Divino — conceito estruturalmente análogo às camadas da cebola. No cristianismo esotérico, sobretudo nas correntes medievais, há menções implícitas à “penetração do coração” como caminho de retorno ao Uno, igualmente congruente com a simbologia.
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