A imigração italiana na Paulistânia, o povo que melhor se adapto à realidade caipira.
O responsável pela vinda da maioria dos italianos ao Brasil foi o conselheiro do império e cafeicultor paulista, Antônio da Silva Prado. Foi partidário da abolição e ministro da agricultura de Dom Pedro II. Foi incentivador da imigração italiana no Brasil sendo um dos fundadores da "Sociedade Brasileira de Imigração". Foi também ministro das relações exteriores, incentivador de ferrovias, tendo, no ministério da agricultura, autorizado a construção de inúmeras linhas férreas no Brasil.
O fato é que a adaptação dos italianos na Paulistânia foi diferente do que ocorreu nos demais estados que também receberam imigrantes de lá. Pois aqui já tínhamos a cultura caipira muito bem enraizada nos confins da Paulistânia, além da cultura caipira em si já ter similaridades com a cultura italiana: a religiosidade, a latinidade, a musicalidade, a emotividade, etc. Isso nos explica o porquê eles não se isolaram em colônias próprias nos estados da Paulistânia como SP, MG e PR. Ao contrário do que aconteceu no RS, SC e ES, onde os italianos se estabeleceram em regiões quase inabitadas e sem cultura e tradições fortes e enraizadas. Mesmo com tantas levas de imigrantes italianos, eles não substituíram a cultura nativa da Paulistânia pela italiana, mas de maneira natural e orgânica, adotaram a cultura, tornaram-se caipiras.