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6/20/2025, 10:49:45 PM
A formação da Paulistânia
"Ao esgarçar Tordesilhas, alargando o domínio português, abriram o caminho para uma ocupação efetiva. Andando, andando, andando, estes paulistas, brasilíndios como quis Darcy Ribeiro, abraçaram o sertão "desde os campos de Curitiba às serras do Espírito Santo, Bahia, Goiás, e campos de Mato Grosso, toda a região de Minas Gerais".
Foram, também, "até as ribanceiras do Iguaçú, de um lado e do Paraná de outro, estiveram na "região alta catarinense, [na] serrana rio-grandense [e na] do vale do médio rio Paraíba". Esta é a "região do bandeirismo":
Pois o contexto histórico para tanto emergiu no século XVIII: o declínio do comércio de escravos indígenas e a descoberta de ouro pelos bandeirantes, as atividades que impulsionavam as incursões pelo interior extinguiram-se, gerando “estagnação e decadência”.
Uma vez assentada, aquela população de famigerados foi, aos trancos e barrancos, cultivando roças mais perenes, criando animais para abate, ordenha ou transporte, formando pequenas vilas.
Por corolário, foi-se engendrando uma tessitura cultural que se fazia comum à vasta Paulistânia. Cada vez mais este imenso território se tornava o "espaço vital dos paulistas", de tal modo que, paulatinamente, foi surgindo uma nova região que, historicamente, consolidou-se como berço de uma cultura , à qual Antônio Cândido denominou "caipira".
Vivendo em comunidades isoladas e autossuficientes, de subsistência, ao fixar-se essa gente deu origem ao que viria a ser o grosso da população de homens livres e pobres daqueles territórios, com “estilo de vida específico”, “integridade de cultura e de organização social” . Assim, tem-se que, do movimento inicial do bandeirante, de sua posterior fixação e do desenrolar do processo histórico da Paulistânia, “foi se moldando uma cultura peculiar”.
"Ao esgarçar Tordesilhas, alargando o domínio português, abriram o caminho para uma ocupação efetiva. Andando, andando, andando, estes paulistas, brasilíndios como quis Darcy Ribeiro, abraçaram o sertão "desde os campos de Curitiba às serras do Espírito Santo, Bahia, Goiás, e campos de Mato Grosso, toda a região de Minas Gerais".
Foram, também, "até as ribanceiras do Iguaçú, de um lado e do Paraná de outro, estiveram na "região alta catarinense, [na] serrana rio-grandense [e na] do vale do médio rio Paraíba". Esta é a "região do bandeirismo":
Pois o contexto histórico para tanto emergiu no século XVIII: o declínio do comércio de escravos indígenas e a descoberta de ouro pelos bandeirantes, as atividades que impulsionavam as incursões pelo interior extinguiram-se, gerando “estagnação e decadência”.
Uma vez assentada, aquela população de famigerados foi, aos trancos e barrancos, cultivando roças mais perenes, criando animais para abate, ordenha ou transporte, formando pequenas vilas.
Por corolário, foi-se engendrando uma tessitura cultural que se fazia comum à vasta Paulistânia. Cada vez mais este imenso território se tornava o "espaço vital dos paulistas", de tal modo que, paulatinamente, foi surgindo uma nova região que, historicamente, consolidou-se como berço de uma cultura , à qual Antônio Cândido denominou "caipira".
Vivendo em comunidades isoladas e autossuficientes, de subsistência, ao fixar-se essa gente deu origem ao que viria a ser o grosso da população de homens livres e pobres daqueles territórios, com “estilo de vida específico”, “integridade de cultura e de organização social” . Assim, tem-se que, do movimento inicial do bandeirante, de sua posterior fixação e do desenrolar do processo histórico da Paulistânia, “foi se moldando uma cultura peculiar”.
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